quarta-feira, junho 16

Andei à Procura de Mim



Surrealismo Falsificado à Moda da Casa

Eu gosto de escrever,
Eu gosto de me Ter
E de ser assim – sem ti

Aliás o que me faz gostar dessa vida não é
A realidade poetizando
O pensamento mais profundo que guardo sobre o retrato da intensidade

Queria esquecer o mais falho
Apagar o pensamento mais inviável
Me descrever determinantemente
Ser positiva em relação a vida
Desquerer esse querer torpe velho e manchado
Chego a ser feio
...

Não aos neologismos dentro de mim
o que me custa não desaparece simplesmente
por estar fadado a Ser um fim
Tenho um eu morrendo no fundo da minha gente
gente só minha - eu no caso!



Hoje eu lembrei de mim como eu já fui. E quis, por um longo momento, acreditar que poderia voltar atrás e viver de novo. Mas nada volta ao mesmo lugar, mesmo que volte no tempo. Assim, não pude voltar a ser o que era e escrever o que pretendia num primeiro pensar. Procurei, então, até me achar nos versos acima.