quinta-feira, julho 29

tentativas

Que mortes a gente sempre morre
ou insiste em morrê-las sem saber?
Plantamos árvores para que suas sompbras
encubram, desencurralem... Sobra vergonha
 
Não recebo visitas em meu cemitério
Minha  dor não é assistida
Não deixo-a passar percebida
Se faço velórios ou missa, isso é mistério
 
sou labirinto e sou esquecido
sou cegueira vista dialogando consigo
Quem pode ver a mim?
 
arma carregada, louco cheio de espadas
sou minhas tantas feridas de jornada
Sem que se tenha fim
 
 
(Déborah Guaraná)
(21.07.2004)
 

 
Meus versos significam falta de inspiração, falta de idéias e pensamentos falhos. Estou fragmentada. A poesia passa a transmiteir os sentimentos e indagações que não ouso explicar. Ela boia em mar agitado em meio à tempestade sem bússola ou guia que a oriente até terra firme. Deixo-a me enganar enquanto fingo que caio em suas armadilhas. Não sei até que ponto estamos dissociadas se somos opostos ou não. Tudo que sei e temos em comum é a nossa nececssidade de fotografar estados emocionais passageros e pessoais. Somos um(a)

1 Comments:

At 12:03 PM, Anonymous Anônimo said...

Tô aqui tentando imaginar se vc tivesse inspiração, nossa, me sufocaria ! Se "sem inspiração" escreve coisas assim...
Tb tenho muito isso, de me fechar, passar uma imagem distorcida do que sou, do que sinto...Mas do nada surgem pessoas que mesmo sem conhecer minha vida conseguem entender meus conflitos. Vc é uma delas...
Sem feridas a vida seria previsível demais, nossas mentes não suportariam comandar um corpo vivendo no extremo da ausência das dores que nos fazem expandir...
Bjo menina linda e consciente !

 

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