quinta-feira, julho 29

tentativas

Que mortes a gente sempre morre
ou insiste em morrê-las sem saber?
Plantamos árvores para que suas sompbras
encubram, desencurralem... Sobra vergonha
 
Não recebo visitas em meu cemitério
Minha  dor não é assistida
Não deixo-a passar percebida
Se faço velórios ou missa, isso é mistério
 
sou labirinto e sou esquecido
sou cegueira vista dialogando consigo
Quem pode ver a mim?
 
arma carregada, louco cheio de espadas
sou minhas tantas feridas de jornada
Sem que se tenha fim
 
 
(Déborah Guaraná)
(21.07.2004)
 

 
Meus versos significam falta de inspiração, falta de idéias e pensamentos falhos. Estou fragmentada. A poesia passa a transmiteir os sentimentos e indagações que não ouso explicar. Ela boia em mar agitado em meio à tempestade sem bússola ou guia que a oriente até terra firme. Deixo-a me enganar enquanto fingo que caio em suas armadilhas. Não sei até que ponto estamos dissociadas se somos opostos ou não. Tudo que sei e temos em comum é a nossa nececssidade de fotografar estados emocionais passageros e pessoais. Somos um(a)

quarta-feira, julho 21

óbvio

TOO YOUNG
 to deal with death

sábado, julho 17

SOBRE PÓLOS

As luzes permanecem
acesas na vontade
de ser sol

Nossas almas dormem
quer queira, em cárcere,
ou não

o que, no dia, se lembrará da noite?
o quanto a luz conhece da escuridão?
o que, de ontem, pode haver no hoje?
o quanto de sim está contido num não?

somos dois e Muitos
mas não caminhamos de mãos dadas
destinos falidos cruzam
nossos adjuntos
e,
conscientes das essências contrárias
, tornam opostos imposições.
 
 
(12.julho.2004
às 23h37)

segunda-feira, julho 12

Antigüidades Renovadas

"Às vezes faço o que quero", mas poucas vezes "faço o que tenho de fazer" (talvez porque eu nunca tive muito a ver com o que todos enxergam em mim). Por isso eu fico escolhendo que gritos aceitar e quais deles entrarão para a área de ridicularidades guardadas para posterior divertimento.

Por enquanto, no entanto, tudo o que tenho nesse armário são os remédios para dor de cabeça, os quais, dado a sua inutilidade prática diante das situações reais, se apossam de minhas esperanças projetando uma ilusória melhora não significativa. E, assim, fico a acumular cafeínas e insônias sem que muitos saibam.

Aliás, "pra ser sincero", até os poucos sabem quase nada. Mesmo o que sei eu é pouco em vista da complexidade de meus casos. E tentam me entender com perguntas bobas... logo deixo claro que gosto de todas as cores e detesto rótulos como o de melhores amigos.

Duas respostas que provam o lado negativo de um jeito tão desastroso. Ser contra favoritismos. Vou de encontro àquilo que é tido como seguro e saudável. Acho que estou finalmente começando a não importar-me!

(lembrando de "museu de grandes novidades")